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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

[ não será mais assim]

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-eu mais que rolei na cama da fazenda, parecia criança mimada rolando em chão de shopping lotado, essa era eu, essa tem sido eu. digamos assim só por dizer que depois dos goles reduzidos de tequila ( nova meta) estou um porre de chata, um porre de deselegância, muito mais evidente sem a tal da bebida, quero avisar que estou curando amor. e determinadas curas levam tempo e determinadas curas machucam muito mais que as feridas, não vou bebericar, darei goladas se for preciso, mas disso aqui desse circulo não vivereis mais , pra quem amei, pra quem gozei, abraços. Capitu.

[ o cinza amor]

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- é quarta de cinzas anuncia minha tia toda estremecida, enquanto colocava mais café na caneca, eu ia calmamente destroçando meu pão de queijo, meu irmão ia cantando mais um pouco do carnaval e eu ali olhando as coisas acontecerem, ter vindo pra Santa Rita não foi escolha atoa, eu sempre volto pra onde nunca deveria ter saído, mas se saiu é por ter teimosa nas pernas e no coração. a lição que levo no caderno surrado na bolsa é : que não se pula carnaval tão impune assim, nem se dá beijo em caras quase mascarados sem se sentir fútil, a pura verdade é que não se saí mais de nenhum carnaval com graves sequelas de amores breves. eu tomarei mais um banho de rio, comerei manga no pé, correrei atrás das galinhas, andarei porcamente de cavalo, e se no fim ainda tiver tais sequelas, deixa estar no próximo carnaval eu as sano. Capitu. #QuartadeCinzas  

[ o fim do avesso]

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- é como já cantou los Hermanos, todo carnaval tem seu fim, mas que fim mais descompensado, que fim mais sem proposito, que fim mais sem juízo, estou eu retocando maquiagem, colocando a fantasia de gueixa no lugar e lá está o meu novo desafeto, o meu destempero de tempos atrás, quem me dera se fosse o Nando, esse samba romântico eu já sei tocar, cantar, de cor e salteado e se deixar sei tocar de trás pra frente... ele ria com amigos { conhecidos} dosava a cerveja velha com nova, coçava a barba discreta, ele era dono do bloco de mim, ele era o mestre de bateria, puxador de samba, ele era arquibancada, coreografo, ele é o meu fim de carnaval. Capitu. #5DiadeFolia 

[o marinheiro só]

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- chego cansada, com o dia nascendo, com glitter no rosto, com o lápis borrado e sem vestígios de batom, mas chego feliz, com folego de descer mais algumas ladeiras, de cair na cachoeira, de fazer qualquer coisa, chego. e chegar já é um começo, hoje pela manhã esbarrando pelos foliões, procurando vaga pra comer, procurando acento pra esmiúça meu pão de queijo avisto um marinheiro com sua roupa faltando elementos... ele caçava acento, e eu caçava a felicidade carnavalesca..   e ao lado do marinheiro descobri que mesmo no carnaval a gente tende a querer amar pra sempre, a gente tende a querer migrar-se no outro, a estender colchão, cômoda, estante, geladeira, a gente tende a criar romance de carnaval que se supera na quarta-de-cinzas, deve ser por isso é cinza. Capitu. #4DiadeFolia

[o bloco]

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-  eu só quero que nesse meu bloco, que se resume em mim seja saboreado,  atrevido, que beba aqui ali, que mate vontade de amosso e sorriso, que descanse em chão batido, em chão decorado com serpentinas e confetes, que esse bloco que sou seja atração principal da avenida de Santa Rita do Supacaí, que seja atração de mim. saí do armário-amor, eu saí dessa derrota que  é carnaval cinzento, quero é mais ter meu bloco na rua solto de si, trocando copo, trocando conversas de boteco, eu quero é mais ter meu eu sambando em fim, descendo ladeira colada com moço vestido de mulher, com mulher vestida de heroína, quero mais é me ver nos tamborins. Capitu. #3DiadeFolia 

[foliando por amor]

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o bloco cantando, pulando, espalhando serpentina, confetes, homens vestindo fantasias de heróis, meninas vestindo liberdade e eu aqui mordiscando sua bunda esquerda, e eu aqui mordiscando sua virilha carnuda, e eu aqui carnavalizando você. Capitu. #2DiadeFolia 

[o cinza da folia]

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Jogar serpentina, confete foi há um tempo, tempo que vestia fantasia de princesa, hoje passeio pelo carnaval de copo suado nas mãos e pouca roupa com a velha desculpa que o dia ainda está quente, mesmo que o dia seja as 23h40 da noite, o primeiro dia da folia estou aqui na casa do homem de ternos escuros, ele me serve mais um pouco de uísque, mais um pouco de tequila, aumenta o som, troca de musica, o carnaval me parece uma folia tão sem atraentes. - saudades de saí por ai beijando desconhecidos?! - não sei bem se é saudade, mas às vezes da uma sensação de que estou perdendo gente estando aqui bebendo sua bebida, vestindo sua camisa, não parece nem um pouco com a moça que conheço que se deixa brilhar nos blocos a fora. Capitu. #1Diade Folia.