[Da festa que não fui]


A festa que não fui, as velhas que não lhe ajudei apagar, os abraços que não lhe dei, os embrulhos que não lhe ajudei a desfazer, por medo, por saber que nunca será da forma como imagino, planejo, estranho seria eu não gostar tanto do seu all star! Estranho seria se eu não olha-se pra você com olhos de apaixonada, com olhos de quem faz questão de se encontrar nas piscadas dos olhos, no brilho dos olhos!
Enquanto você tocava seu violão com amigos incomuns, eu cantava aqui na cama do meu quarto, pois eu faço questão de nunca lhe esquecer, é um mecanismo que inventei para quando nada der certo, para quando eu não encontrar mais graça nos caras barbudos do meu prédio, é um mecanismo que inventei para suprir a falta da sua presença!
O ultimo abraço foi gelado, a última risada foi curta, o último trocar de olhares foi distante e o que me entristece é que estávamos pertos, meu rosto colava com o seu, meu nariz conversava amigavelmente com o teu, minha boca se inclinava para sua, meus pés já ficavam de ponta de bailarina para satisfazer o desejo de menina moça, lá estava eu , um pouco bêbeda, um pouco esperançosa, um pouco fora da realidade, um pouco crendo que aquele dia seria de fato onde entenderia o motivo do meu coração querer tanto o teu...
Mais os pés cansaram, da ponta de bailarina, virei a menina bebada da balada, joguei meu corpo na cadeira, meu imão pagava a comanda e eu via você alisando o rosto da garota mais inútil da festa, eu vi da onde estava que você ainda me causa alegria, porém nada com você é de fato pra sempre, é algo rápido, que só vira realidade quando encosto meus cílios no outro e caiu no sono!

da moça bonita

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