A detestável leveza do ser
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é como se eu tivesse gritando pro nada, como se eu tivesse nua no meio da maior
avenida,como se tivesse levado um tiro e ninguém pudesse fazer nada, eu sei que
faz mal, eu sei que machuca que arde que dói, mas como eu posso sair disso?
Como
eu posso sobreviver a isso? Se é isso que me faz ficar em pé! E daí que pra
ficar em pé eu tenha estilhaços de cacos na mão, tenha cortes profundos no
peito? As pessoas me julgam tanto sabe, você pode tirar todas as coisas boas do
meu caminho e só deixar as ruins eu ainda vou lhe escolher, pois eu tenho
esperança em virarem boas...
Eu
preciso te deixar, eu preciso, eu quero! E dói querer isso, e dói querer
seguir, parece que não é melhor a seguir, a querer a ter! Mais fica é como se
eu decidisse morrer todos os dias, como se eu escolhesse a dor ao invés da
alegria, mas eu sou feliz, eu finjo ser, eu tento ser eu quero ser...
E
tudo isso pode me destruir, pode me fazer um nada, mas é isso que vou sempre
escolher, a dor sempre irá existir, mas a vontade de transformá-la em alegria é
maior! Eu sei é vergonhoso dizer isso, mas sem isso eu me reduzo a pó, me
reduzo a nada, me reduzo a pó que com o vento da chuva eu sumo...
você
nutre a esperança que ainda existe em mim!
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escritora, Tracy Ellen
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