[ruinas, conquistas e permissões]
- gosto de você, Tom! Gosto pra
valer, o tempo foi cruel conosco, nos afastou, hoje você tem aliança no dedo,
faz da sua vida o que sua esposa manda, come verduras, faz academia, seguiu o
rumo que seu pais queriam de ti, não tem recaídas, muitos menos fuma aquele
baseado de antes, e por mais saudade que tenho do seus olhos famintos por nós
dois, eu me afasto, não quero carregar mais uma vez que estraguei sua vida.
Ele me olha atento, ajeitando a
gravata, hoje ele se tornou um dos melhores administradores, conhecedores dos
números como ninguém, deixaria qualquer matemático com raiva, olhou pros lados
procurando gente conhecida, não encontrando, se encostou a mim e disse.
- na verdade te procurei querendo
que você arruinasse o que construí. Sempre gostei dessa sua facilidade em
destruir o que conquistei por obrigação alheia.
Capitu.