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Mostrando postagens de dezembro, 2014

[ 2014 e o seu fim]

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que ao menos brindemos ao que não tivemos nesse ano, não tivemos é cumplicidade a minha, ao que não tive nesse ano, eu não fui nem um pouco adulta, nem um pouco polida, muito menos sensata, eu fui leviana varias vezes, perdi a mão nos carinhos, me deixe órfã de você doutô, até agora piso em grandes ovos pra falar de ti. mas eu vou brindar, vou fechar meus olhos e me deliciar com a minha tequila. eu brindo a minha vontade de ser eu. brindo a minha conquista de estar onde eu quis estar, perdi certezas, encontrei duvidas e fiz minhas tentativas, minhas escolhas, pouco me importa se você estará aqui para me dar abraços, eu não vou sentir falta de você 2014. mas devo dizer, eu coloquei fim em você. eu fechei portas-casas-janelas. enlouqueci, eu fui eu. e mesmo sofrendo, bebendo muito além do que sempre bebi, eu sobrevivi a você 2014, sobrevive. e era tudo que você não queria, mas que agora indo embora você torce o nariz, só posso lhe dizer: você me machucou, eu te machuquei, eu

[dessas que dói, mas que ensina]

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- mais uma dose. o garçom que já me conhece, deixa a garrafa ali e um copo, como se disse-se, sirva-se, a dor é sua, só você pode saber quanto de tequila lhe acalmará, desrosquei a garrafa coloco o copo mais perto e vou colocando conforme as lágrimas vão descendo. Mais uma, mais uma pra coleção, mais uma bebedeira, choradeira, copos quebrados, vidro dançando na palma da mão, mais uma. ainda não sei quero lhe qualificar, não quero doer mais  – dosar o que ando tendo por você, por esses dias seremos eu tequila janela fechada e cama exalando derrota. Você foi uma das piores, está sendo. meu pai não é desses caretas, mas nunca abriu uma cerveja em sua homenagem, nunca brindou nada, nem desejou saúde,  hoje cedo quando me viu aos prantos quebrando pratos, copos, surrou em meu ouvido: - lhe avisei. se soubesse o quanto dói este: eu lhe avisei. te confidenciei as surras do ultimo relacionamento- lhe disse cada pedaço de minha dor, deitei na tua cama- deitei minha alma na sua, e s

[ das cachaças, verdades e durezas]

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- eu vou te dizer uma coisa, querida. as coisas funcionam diferentes, muito diferentes, essa sou eu bêbada berrando pelos cantos da festa, segurando garrafa pela metade, essa sou eu. doida, vulgar, que gosta de trepar em parede pichada, essa sou eu, que ama com carne, que se corta dia e noite pra ter sentido, esta sou eu. Vou dizendo aos dois que hoje se juntaram pra qualquer coisa, que estão desfilando amor, empatia pela casa de minha vozinha, meu irmão tenta me puxar pra amenizar a vergonha, minha mãe toma sua taça de vinho fingindo pra si que eu estou apenas exercitando meu lado atriz, e continuo aos berros e as enormes goladas de tequila já quente. Subo as escadas tortamente e vou aos berros e choros destilando a minha amargura de nunca ter um amor sério. - é eu gosto mesmo de torrar dinheiro em bebida, roupas caras, viagens, eu gosto do luxo, gosto. essa meus caros sou eu, e que sabe que se danem vocês, que se danem, sabe.... pensava que o amor era benéfico, porra nen