[ 2014 e o seu fim]
que ao menos brindemos ao que não
tivemos nesse ano, não tivemos é cumplicidade a minha, ao que não tive nesse
ano, eu não fui nem um pouco adulta, nem um pouco polida, muito menos sensata,
eu fui leviana varias vezes, perdi a mão nos carinhos, me deixe órfã de você
doutô, até agora piso em grandes ovos pra falar de ti.
mas eu vou brindar, vou fechar
meus olhos e me deliciar com a minha tequila. eu brindo a minha vontade de ser
eu. brindo a minha conquista de estar onde eu quis estar, perdi certezas,
encontrei duvidas e fiz minhas tentativas, minhas escolhas, pouco me importa se
você estará aqui para me dar abraços, eu não vou sentir falta de você 2014. mas
devo dizer, eu coloquei fim em você.
eu fechei portas-casas-janelas. enlouqueci,
eu fui eu. e mesmo sofrendo, bebendo muito além do que sempre bebi, eu
sobrevivi a você 2014, sobrevive. e era tudo que você não queria, mas que agora
indo embora você torce o nariz, só posso lhe dizer:
você me machucou, eu te machuquei, eu sobrevive a você. então entre todos os mortos e feridos eu me salvei. um beijo a você e todo sua canalhice. - por mais dolorida e amarga que
esteja hoje, sobrevive a suas maldades, a suas angustias, sobrevive ao seu
azedume, sobrevive. eu estou viva. eu superei você 2014 portanto eu brindo a
isso, eu brindo a mim, brindo a isso.
Feliz ano novo.
Capitu.