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Mostrando postagens de setembro, 2014

[buscas, desperdícios e fatos]

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- ele entrou em casa, vasculhou todos os cantos, parecia aqueles gatos que tem ranço de rato, que fica no encalço, que não dá descanso, era ele, a busca dele era por mim, queria saber quantos dias fiquei, quantos dias conversei, quantas bebidas pedi, quantos beijos deixei ali, quantas vezes troquei lençol, quantas vezes sorri, quantas vezes fui feliz. É uma pena dizer, a minha felicidade é egoísta, ela sempre volta comigo, não é dessas que se espalha, que cria afetividade, ela pouco dança pelas pessoas, ela não é festeira, minha felicidade tem doses certas, tem pavor de desperdício, é uma pena lhe dizer meu senhor, mas a minha visita, foi curta, e a sua busca é inútil, tudo que busca nesses cantos, estão sobre minha posse, sobre meu corpo, estão em mim. E mesmo que sorria, eles não saíram de mim. Uma coisa aprende, é melhor sofrer só, do que fingir ser feliz com pessoas como você. Capitu. 

[ dessa fome faminta que é a saudade]

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- que eu tenho saudades, saudades de latejar a alma, de calejar o peito, de causa fadiga só de dizer, é que tenho saudades! E saudade não se mata com quando der eu passo aí, não cessa com quem sabe um chopp no meio da semana, saudade se mata na cama, se mata com pele colada na pele, se mata com mordidas enormes no corpo, se mata com a alma. Capitu.