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Mostrando postagens de maio, 2013

{ as conveniências da carne}

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- ele me puxou, me arrastou pra parede, me despiu grosseiramente, daquele jeito de pessoa com pressa, com fome, ele foi me beijando, me molhando, me adoçando, puxou minha perna direita pra si, me fitava os olhos, me comia com a boca, e do resto às paredes testemunharam, Da moça estrangeira de si.

{ o que era falecimento – volta a pulsação}

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- você já sentiu alguém lhe tirando a vida assim de pirraça, assim de má vontade?! Questiono eu o moço que divide a mesa do bar comigo, ele coça a barba, e beberica mais um pouco e tenta a todo custo não me responder, não me falar mais nada, volto a ficar muda, e enquanto brinco com meu copo o doutô entra e me puxa pra fora do boteco falido, e me olha com os olhos urgentes, e todo aquele sentimento de ter a vida sugada por gente vadia, some, e todo aquele sentimento da minha vida sendo roubada, levada de mim vira conversa para o dia seguinte, piada na boca de comediante de quinta. Da moça estrangeira de si. 

{ das doenças longas do amor}

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é aquele sentimento de contra mão, de andar em passos largos para o começo,  é saber que se correr pra frente tem o efeito contrario, andei pensando, se eu não me importar mais, se eu apenas me deitar e ver todas as coisas acontecerem, se eu apenas arrumar minhas opiniões e andanças e literalmente andar daqui... você tem sentimento de gente cansada, atrasada. Você tem cara de gente mofada, que se tomar sol embolora de vez, tem cara de gente que vive atrasando a vida alheia, você é daquelas pessoas que pega na gente e com mão de passado, de mofado, que nem todos os banhos do mundo com os melhores perfumes cura isso. - então porque está com ele, diz ao fundo aquele espelho atrevido, eu volto com meus olhos escuros pra ele e digo pausadamente: - ah meu querido espelho, o amor ao mesmo tempo em que nos faz bem, nos estraga a saúde mental, engana-se quem diz que ele só estraga o coração, ele tem-me estrago a saúde do pensamento livre. Da moça estrangeira de si. 

{daquele verão que virei menina moça}

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Era dia ainda – fazia um sol tímido, quase dizendo tchau, e eu bati na porta do seu apartamento, meio aflita, com os olhos brilhosos, esperando algo de toda essa nova conversa, minha tia tinha ido resolver alguns assuntos, eu ali na porta do vizinho dela, querendo dar uma de menina adulta... Ele abre a porta com cara de ressaca, de quem bebeu todas e esqueceu até a dignidade no balcão do bar, ele sorriu pra mim e deixou a porta aberta, entrei devagar, e fiquei impressionada pela sua organização, ele caminhava pra janela e eu toda besta vendo ao longe o calçadão carioca, vendo ao longe o sol se despedindo da gente... Ele diz que não está bem, eu digo que não tem problema, que faço companhia, ele deita na cama e eu do lado direito me achego, viramos o rosto ele sorri com os olhos e começa dizer, aceita, água, suco, todinho ?! Dou risada e ele prolonga, café, vodka, vinho, e sem eu esperar ele oferece, amor ?! me achego a ele e digo que aceito o amor. - ai que saudades me

{ as minhas novas contas românticas}

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As aulas de economia acabaram, o professor não – cá estou eu sentada em um barzinho esperando ele chegar, dessa vez nada de ética profissional, essa hora que não passa, esse homem que não chega, ando um tanto apressada em viver amor urgentes, a impressão que tenho desse professor é que ele tem muitas aulas boas para ministra na minha cama, quem sabe na dele,rs Ele chega, vestindo aquelas camisas engraçadas, calça jeans, tênis – e a barba, aí a melhor de todas, aquela rala, bem feita, que exala o perfume pós-barba,era ele, levanta a mão para o garçom e pedi o mesmo que eu , senta de frente pra mim ajeita a mecha que cai nos meus olhos e diz deliciosamente : - você é o problema que eu mais queria resolver nas aulas de matemática,rs. Da mo ç a bonita, de cabelos curtos e sorriso vasto.

{ da nossa bossanova}

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- um vinho, é sempre bom –foi me explicando o meu ex-professor de economia,o apartamento dele é bem aquele de homens solteiros,mais velhos, ao som quem diria uma boa bossa nova, eu confesso, me derreti,era Tom – sim Tom, e eu bom me rendi. Ele me puxou pra dançar, fiquei descalça – meu jeito lady durou minutos, dançamos pela sala, ao som de TOM, ele sorrindo no meu pescoço,eu sorrindo pra vida, e nossos olhos se cruzam, nossos lábios finalmente se encontram e conversam deliciosamente... Do mais só eu, ele e o TOM sabemos, Da mo ç a bonita, de cabelos curtos e sorriso vasto.