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Mostrando postagens de dezembro, 2012

{da paz de dizer tchau para 2012}

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- vai ficar na virada? você sabe que aqui os fogos são lindos demais, e outra tem muita roda de samba boa pra levar você, se o problema é hotel, minha casa é boa, tem espaço, dá pra dividir lençol sabe, foi dizendo ele todo gracioso, e eu rindo, fazia um tempo que não me deliciava com essa hospitalidade amorosa, eu sentia falta de casa-aconchegante de quem eu gosto de namorar os olhos, enquanto ele dizia todas as vantagens deu ficar na virada e pós virada eu ia olhando pra mim, é olhando bem pra mim e vendo o quão simples é a felicidade e o quão  simples é sorrir, e daí que eu chorei, tomei porres e mais porres, tive minha vida sentimental embrulhada e uma caixa de papelão velha e daí , e daí todos os azedumes que passei neste ano, que se finda amanhã e daí ... e daí que tudo que eu queria que fosse não foi, e daí que portas se fecharam, beijos se esgotaram, transas acabaram, e daí , é o que eu repito alegre pra mim, e daí , a gente esquece, mas nos 365 dias ops, 366 deste an

{curvas}

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- não tem outro lugar que eu gostaria de estar agora, disse eu pro moço carioca que dividia um copo de cerveja comigo, ele riu gostoso, e me puxou pro samba, aquele samba que eu sentia falta, aquele samba que faz minha alma sorrir dias e dias, aquele samba tentador de dois, aquele samba.... da mo ç a bonita  

{disso eu quase me esqueci}

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- não adianta porra, você nunca vai mudar, ele me olha dentro do carro que ganhou do pai arrependido, e tenta me puxar até ele, e cá estou eu, de coque, vestido surrado do tempo, e uma coragem nunca vista em mim... Ele gesticula, argumenta, e tanta mais uma vez me convencer que a gente é isso daí, esse casal vadio, cheios de filha putagem, que mal sabem se respeitar, e eu ali de olhos cheios com a boca de vespeiro, esperando ele se engasgar com toda aquela lorota, ele saí do carro, e fica encostado de frente pra mim, meus olhos cansados de segurar, soltam todas as lágrimas vencidas, toda falta de coragem, coço meu pescoço e solto tudo de uma vez como foi com as minhas lagrimas: - me escuta você: nunca bati na sua porta pedindo providências, respeito, nunca bate na tua porta querendo recíprocas, porque isso ou se faz ou fica que nem você cagando e andando pra tudo na vida, não vou falar de novo que estou cansada, porra, eu procuro também, eu dou trela, nessa história eu to

{desta vez}

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Há se fossem só os embrulhos bonitos que o natal me desse, todo natal assim e todo pós-natal eu fico me esbofeteando, fico deitada nessa cadeira esperando providências adultas para esse meu lado cretinamente infantil de esperar, de esperar, esperar e esperar, sentimentos, coragens alheias, amores sinceros. Por favor, é o que eu berro pra mim diante do meu espelho mudo, em dias assim, ele se cala e me deixa por conta, me deixa esperando eu. Esse ano faria dois anos, pelas contas sim, e com o outro faria mais de dez anos, tenho uma péssima mania de juntar amores recalcados, mal esquentados, mal distribuídos, achando que com o tempo eles sejam mais sensatos e dignos. Hoje eu to um porre se é isso que cabe dizer, já entornei uma cinco dose de tequila, estou descabelada, com os olhos mais manchados que os do Coringa, eu estou bebendo a espera, e que espera amarga, tem hora que pega mal sofrer. da mo ç a bonita, 

{ dos presentes da vida sentimental}

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- aceita o presente.... Me pede ele  com cara de cachorro sem dono, convido ele pra entrar, a casa ainda está uma bagunça natalina, o Ray Ray ganhou outro osso enorme e mais alguns ursinhos dos meus tios, decidiram deixar ele como a criança desta família, minha  mãe todo hospitaleira oferece seus quitutes, ele educado, aceita, empurro ele pra mesa e tento decifrar o embrulho... - que ajuda, brinca ele com o prato recheado de comida natalina, faço que não com a cabeça e acho a ponta certa do embrulho, o coração cria vida e bate acelerado, uma caixa, dentro pequenos corações, e um  sapinho de pelúcia de sorriso larga me dizendo, te amo. Olho pro Beto com os mesmo olhos de ressaca da minha xará, e choro. da mo ç a bonita, 

{feliz natal}

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- vai Capitu abre o seu presente, disse meu pai todo empolgado com a caixa enorme e o laço maior ainda do meu lado, minha mãe colocando sobremesa no prato para namorado do meu irmão, a casa toda em movimento e eu ali olhando pra luzes e pros adereços e natal da nova arvore , e ele insistia no pedido, sentei no chão e como se fosse criança de novo, rasguei o embrulho e me deparei com meu presente... Meus olhos brilharam tanto que meu pai até agachou e me beijo feliz da vida, já fui procurando uma tomada para carregar a bateria, de agora me diante as fotos terão mais graça anuncie pra família toda... Fazia muitos natais que não me sentia importante pro meu pai, fazia muitos natais que não tinha essa felicidade de criança, o Nando postou uma foto com a nova família, o Beto está com a dele, e eu aqui feliz da vida olhando pela nova lenta da câmera que meu pai me deu,  todo o mundo bonito que existe no natal.   #Feliz natal, s ó que cabe  desejar é muita f é e pense alegremen

{ do fim ao começo}

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- e o fim do mundo deixou a gente esperando com nossas listas vagas de possíveis mudanças , é o que ironiza meu espelho atrevido, do um sorriso amarelo, e volto a olhar para as nuvens rosa que se formam ao amanhecer, se eu esperava o fim do mundo, não sei, mas acredito no que Drumond disse que o ano novo cochila na gente, pois todo fim  é o começo de algo. E o fim do mundo acontece todos os dias, e o começo também, a gente não percebe, mas vivemos eternos fins e re-começos e assim levamos o mundo conosco, sem eles nos levar.  da mo ç a bonita, 

{ rapaz do café}

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- se você aceita, eu te pago um café, disse o moço de barba rala e sorriso vasto, me confundi mais com as pastas e com o tal falatório dele, sorri, e segui para outra mesa, e ele veio atrás como se tivéssemos algo para acerta, algo para conversa... - eu disse sério, um café, só um café. - não bebo café. - suco, refrigerante, vodka, tequila... - moço, há essa hora? - água da fonte, sei lá qualquer coisa, mas senta comigo e deixa eu apreciar mais um pouco desses lindos olhos. da mo ç a bonita, 

{conversas}

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- eu assumo, fiquei sem jeito de te abraçar, de saber que ainda sinto saudade de alguma parte de você.... - devia ter me abraçado, fiquei esperando. Foi o que ele me disse na última linha da mensagem de texto. da mo ç a bonita, 

dardos

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- Capitu, chega de vodka. É o que me ordena meu espelho, me arrasto até ele, com os olhos manchados, o batom gasto, tento parecer sóbria, tento,acabo pisando em falso, e ele ri da minha tentativa de cura, ele ri da minha tentativa de recomeçar, e termina sua risada maldosa me acarinhando: - Sabe Capitu, um dia você vai deixar de pisar em cacos, e nesse dia, você entenderá que minhas risadas eram de incentivos.  da mo ç a bonita, 

{ falatório}

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- para de fala, e entenda, sinto saudade de falar com teus olhos você precisa parar de querer explicar todas as coisas, você precisa urgente viver a vida, você necessita de paz nos olhos, vamos pescar ?! vamos nadar no rio ?! vamos correr atrás dos marrecos do zoológico, vamos andar sem destino, vamos nos amar sem mais e sem meio mais?! Vamos fugir dessa caretice, vamos nos dar as mãos e namorar, vamos fazer toda àquela sua lista amarela da geladeira, vamos rir das piadas clichês, vamos rir da gente, vamos ser aquele casal dos anos 50, vamos ser feliz, meu doutô. da mo ç a bonita,  

a visita da saudade

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-sinto saudade de mim, da minha boca desbocada, dos meus rompantes, da minha falta do que dizer da minha certeza no errado, no meu desespero no acerto, na minha fadiga quando amo quem não presta, sinto saudade dos meus cabelos californianos, saudade dos meus biquínis de Lolita, saudade de Nelson Rodrigues... no dicionário saudade é | lembrança melancólica e, ao mesmo tempo,suave, de pessoa {s} ou coisa {s} distante {s} ou extinta {s} | no meu glossário eu a sinto como devastadora de mim, como se invadisse todos os cantos escuros de mim, algumas vezes a saudade me acaricia, me faz afagos, a saudade me serve de espelho retro, eu vejo nele o que fiz, o que desfiz,e o que tentaria refazer. meus olhos levam saudades enormes, minha pele leva saudades doloridas. da mo ç a bonita, contribui çã o para Corrente Liter á ria me conta um pouco sobre essa saudade.  

Valsas arranhadas

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-   é uma canseira que da nó na garganta, que desatina as ideias, que da fadiga de ser feliz, de buscar novos caminhos, que dá fadiga em se arrumar diante do espelho, estou nessa fadiga há meses, desde que entrei por está porta chamada você tenho oscilado em dias bons, dias péssimos e dias intermináveis pensei que tínhamos chegado ao fim, se é que tem fim algo que nem começou, estou cansada dessa tentativa de correr feliz pelas ruas esburacadas de mim, não há tequila que me anime, não há lambida do ray ray que me aqueça, o Beto desligou o celular, não responde e-mails desde semana retrasada, aquela que você me berrou no bar e me beijou o pescoço você tem sido minha maior afronta, minha maior deselegância sentimental. o que quero? dar um vasto sorriso no espelho, andar sem pisar em grandes lacunas, desfazer o cabelo que me envelhece, usar batom vermelho, caçar minhas saias, minha desobediência, caçar minha boca desbocada, caçar o meu destempero, que me tempera. ando pelas

retina

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- Capitu, acorde, por favor, não vista mais essa cegueira! Ordenou-me o espelho hoje de manhã, enquanto eu arrumava as roupas na mala, tentei puxar um assunto com ele, porém ele apenas me ditou ordens. - deixe de lado este rapaz, oras, até quando você vai sustentar sentimentos por ambos ?! - sabe, você precisa entender as pessoas não farão um terço do que você faz por elas, por isso trate de se organizar, trate de lavar esse rosto, trate de ser você. da mo ç a bonita,