{desta vez}
Há se fossem só
os embrulhos bonitos que o natal me desse, todo natal assim e todo pós-natal eu
fico me esbofeteando, fico deitada nessa cadeira esperando providências adultas para esse meu
lado cretinamente infantil de esperar, de esperar, esperar e esperar, sentimentos,
coragens alheias, amores sinceros.
Por favor, é o
que eu berro pra mim diante do meu espelho mudo, em dias assim, ele se cala e
me deixa por conta, me deixa esperando eu. Esse ano faria dois anos, pelas
contas sim, e com o outro faria mais de dez anos, tenho uma péssima mania de
juntar amores recalcados, mal esquentados, mal distribuídos, achando que com o tempo
eles sejam mais sensatos e dignos.
Hoje eu to um
porre se é isso que cabe dizer, já entornei uma cinco dose de tequila, estou
descabelada, com os olhos mais manchados que os do Coringa, eu estou bebendo a
espera, e que espera amarga, tem hora que pega mal sofrer.
da moça
bonita,
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