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Mostrando postagens de abril, 2014

[quando não faz bem ser o outro]

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Você sentirá qualquer necessidade em relação a mim, foi o que despejei saindo da sala do douto, mais uma mentira minha sobre meus sentimentos, mais uma mentira deslavada sobre que finjo buscar e entender dentro de mim. Como meu foi dito ontem, quem eu penso que sou?! A mesma canastrona que vive em botecos falidos com ciganas aposentadas é a mesma que sofre calafrios quando o assunto é larga o passado, é a mesma que roer os cantos da unha quando o assunto é deixar de ser o que tanto me afoga no nadismo. Se fosse fácil teria acontecido outro dia, mas é conflituoso, parar de cometer os mesmos erros, as mesmas fobias é trabalho árduo, é trabalhoso, é dolorido, salvador devo dizer, mas quem em sã consciência quer deixar de cometer sempre os mesmo maus passos?! Por mais zona de conforte que seja, isso cansa, é cansa trepar com a menina que tem vários conflitos internos, cansa deitar na cama de advogado que vive escondendo você em bares cafonas, cansa desistir do que somos pra cu

[do tipo de gente que não devemos amar]

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Achava que ela era diferente, que era diferente, repito aflita ao meu espelho, ele não me dá ouvidos, finge que tem coisa melhor pra fazer, pensar e ser, mas não dou à mínima e continuo meu desabafo, continuo meu martírio, meu novo labirinto. Sabia que quando nos víamos, trocávamos olhares era como se vivesse tudo de novo, como se ele tivesse vivendo mais uma vez comigo, como se ele tivesse vivendo mais uma vez a me torturar e machucar, mas era através dela, da sua delicadeza, da sua maneira doce de me fazer carinhos, me abraçar, era ela sendo ele!  Você irá dizer, eu bem que avisei, e eu mais uma vez direi, não foi por mal, juro que não foi, é que toda a conversa, jogada de corpo, cerveja gelada me levou a outro patamar do querer, já tive outra, não era por ser uma mulher, é que ela traz consigo a minha necessidade de dedilhar ela toda, mas ela é tão ele que volto a me afogar em incertezas, lacunas profundas, volto a não ter rumo, volto a viver do será, do talvez, do pode ser,

[quando não há mais o que se dizer]

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Entrei apressada, entrei com vontade de corrigir tudo, com vontade de solucionar até o problema na Síria, entrei decidida, mas do que adiantava minhas vontades?! Lá estava o doutô com seu copo suado de uísque, lá estava ele bebendo sem parar, com as mangas arregaçadas, o colarinho aberto na pressa, ele já tinha decidido por mim, ele já tinha encerrado por mim, o que hoje percebo que já tinha acabado há certo tempo. - se você veio falar, perdeu viagem, perdeu tempo perdeu sua dignidade! - na verdade eu já não tenho mais dignidade, ela se foi no mesmo dia que você me deixou bêbada no hall do balei de mascaras, foi lá que eu a perdi, foi lá que me perdi de mim! Capitu! 

[o que ninguém vai tirar de mim]

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Eu to com gosto amargo na boca, gosto de decepção, gosto de desespero, quero arrumar minhas coisas, encaixotar minha vida e seguir, ir embora, ou nem encaixotar nada, quem sabe ir só com documentos no bolso a vida não fique mais leve, mais entendida, mais sóbria. Não pense você que ando lidando bem com tudo isso, não pense você que ando lidando bem com as mesmas mazelas de antes, não pense você que eu aprendi a lidar com o caos que chamo meu coração, não sei lidar com gente, é isso, não sei lidar com gente. Esses últimos dias minha vida virou vendável de emoções, eu que nunca mais voltei a ter sofrimentos caóticos, estou aqui segurando lágrimas, segurando desespero, segurando minha loucura, todos os dias estou me sentido tão feia, tão imperfeita, machucada. E nem a cigana amiga de garrafa quis ler minhas mãos, mas ela sempre tem algo há dizer, sempre. Pegou nos meus braços e disse com sua sabedoria: - Capitu, até quando você vai viver a espera dos outros em você?! Até quan