[do tipo de gente que não devemos amar]


Achava que ela era diferente, que era diferente, repito aflita ao meu espelho, ele não me dá ouvidos, finge que tem coisa melhor pra fazer, pensar e ser, mas não dou à mínima e continuo meu desabafo, continuo meu martírio, meu novo labirinto.
Sabia que quando nos víamos, trocávamos olhares era como se vivesse tudo de novo, como se ele tivesse vivendo mais uma vez comigo, como se ele tivesse vivendo mais uma vez a me torturar e machucar, mas era através dela, da sua delicadeza, da sua maneira doce de me fazer carinhos, me abraçar, era ela sendo ele!
 Você irá dizer, eu bem que avisei, e eu mais uma vez direi, não foi por mal, juro que não foi, é que toda a conversa, jogada de corpo, cerveja gelada me levou a outro patamar do querer, já tive outra, não era por ser uma mulher, é que ela traz consigo a minha necessidade de dedilhar ela toda, mas ela é tão ele que volto a me afogar em incertezas, lacunas profundas, volto a não ter rumo, volto a viver do será, do talvez, do pode ser, e isso não é vida.
Quem vive de incertezas, de talvez não é gente com história, dessa gente decidi não querer nem pagar a conta da padoca, dessa gente me afasto hoje, com dores fortes na retina, na imaginação e na perna que foi rapidamente toca, me afasto embriagara da espera, mas me afasto pronta pra ser dona de mim,sem talvez, sem pode ser
Nunca tive ousadia pra esse tipo de gente.


Capitu.

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