- me deixa beber em paz! Foi a ultima frase sóbria que saiu de minha boca, estou agarrada à garrafa de vodka, com os olhos sujos de maquiagem, com as unhas descascadas, o vestido que era branco virou roupa de mendigo... Sim eu voltei a beber, a me despedaçar e desperdiçar nesses botecos, sim voltei a ter lacunas, o homem mais velho faz idade nova hoje, não liguei, não disse nada, estou muito fora de mim pra fazer qualquer agrado, pra querer qualquer amor duradouro. Levanto séria, olho no espelho barato, limpo os cantos dos meus olhos deixou a minha amiga encostada na pia me ajeito, arrumo os documentos da bolsa, acerto o pouco de cabelo que tenho mais negros do que nunca, passo batom vermelho, agarro a garrafa e saiu do boteco, com as pernas tontas, mas com os olhos cobertos de certeza. Não me venham com lição de moral, não sou dessas que veio ao mundo com sutilezas, com certezas, eu sou a bagunça em pessoa, sou a desordem, sou desse tipo de pessoa que vem ao mundo com