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Mostrando postagens de março, 2013

{da falta de obediência}

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- você sabe que é errado isso que você está tendo com o professor de economia né?! Questiona-me Joanna a certinha da turma, dou um sorriso e digo que não estamos tendo nada demais, ele apenas me pagou um café, não me deu vontade de contar do drink da ultima semana, ele passa por nos duas, nos cumprimenta e da um sorriso que faz sua covinha ressaltar, entramos para aula e confesso, - os números nunca me pareceram tão interessantes como agora. da mo ç a bonita, 

{das coisas descabíveis}

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- eu criei algumas partes em mim que noutros dias parecem serem domesticadas, mas eu não sou bicho de estimação, não gosto quando as pessoas pensam que podem me alimentar com qualquer porcaria e fazerem qualquer tipo de carinho que logo eu paro de rosnar, morder, ser eu , ser bicho selvagem... Meus olhos são dramáticos- eu sei, mas no fundo eles acabam me entregando, eles às vezes choram sem derramar qualquer lagrima, pensei que quando ficasse gente grande os sentimentos seriam alinhados como minha mãe alinha minha cama e minhas gavetas, achei que quando ficasse grande todos os fantasmas iriam embora, e não teria mais sentido dormir com algum ponto de luz... Às vezes me bate aquela certeza de que logo eu terei certeza nessa caminhada, mas no dia seguinte acordo com os velhos e gastos dilemas, acabo me arrastando para o espelho esperando respostas sinceras, acabo me arrastando pros botecos da vida esperando que a tequila seja tequila, acabo me arrastando pra camas de terce

{ as qualificações }

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- você vai fugir de mim até quando?! Questionou-me o homem de terno escuro, dei um sorriso amistoso e não lhe disse mais nada, ele olhou para o garçom e pediu o mesmo drink que eu bebia devagar e continuou a puxar assunto, - eu te faço uma única pergunta, e respondo todas que você quiser... Achei tentador, fiz que sim com a cabeça e deixei ele me questionar... - por que você gosta de homens mais velhos? É aquele complexo que Freud explica?! Dei risada e apenas respondi, - gosto da combinação que eles fazem com os ternos. da mo ç a  bonita, 

{das dores reais}

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- não tem diferença, é o que berro para o doutô, não tem diferença, é o que eu continuo berrando bêbada da vida, descabelada e cheia de certezas passadas, o garçom me conduz para saída do evento, o doutô arruma sua gravata prata, seu terno novo e volta a conversa com a moça do jornal, e eu fico ali desconfigurada, ultimamente ele tem me feito isso, ele tem me dado o sentimento de duvida... Meu irmão me espera no carro, vou firmando os meus pés descalços, decidi abandonar o salto na hora em que berrava, carregava a bolsa, os sapatos e a minha querida companheira, o copo singelo de tequila que mais balançava do que sobrava no copo, abro a porta do carro jogo tudo no banco de traz, traço os restos mortais da tequila e deixo meu irmão dizer algo sábio... - desculpa, mas eu acho que essa história já deu o que tinha que dar, quando é que você vai aprender que seus amores são mais dolorosos que suas tatuagens?! da mo ç a bonita, 

{locomotivas externas}

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- eu corri até você pra ver se eu faria algum sentido, e não fiz, me descabelei a toa fiquei com pouco fôlego pro nada, puxo a cadeira do velho boteco e me sirvo de um copo generoso de água, ando pensando em abandonar a tequila e a vodka, elas não andam me trazendo boas lembranças de mim... Com o fôlego recuperado, água tomada me sirvo desta nova brisa que bate em meu rosto, não que ela irá me fazer nova, é que vento sempre bate na minha cara como uma solução pratica para os calores passados, da mo ç a bonita, 

{ ele e sua braveza}

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- hoje ele vestia gravata roxa com alguns detalhes rosa, falava ao telefone tão bravo, cabelo já bagunçado do dia maçante que teve, enquanto ele tentava atravessar a rua para ir no seu bar favorito eu ia passando do outro lado, faz uns dias que estamos sem nos falar, o meu ciúme não me perdi sorrir de perto pra ele... Ele arruma a gravata, passa mão nos cabelos, coça a barba e volta a atender o seu telefone, bravo da vida, atravessa a rua sem olhar se algum carro passava e foi pro seu bar, e eu segui o rumo que não queria mais seguir, da mo ç a  bonita.  

{Sobre Chorão e a saudade imensa que ficará}

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- porque marcou a minha identidade, porque marcou minhas pernas, costas, braços, porque me fez ralar cinco mil vezes no sk8 surrado do meu irmão, porque me fez conhecer caras completamente loucos e ao mesmo tempo sã , porque me fez entender que o impossível realmente é questão de opinião... - eu tenho histórias de lutas, eu tenho histórias embaladas por todos as canções e batucadas feitas por você Chorão, e eu espero que nesse longo caminho sem suas canções-poeticas, eu possa ouvir as velhas e ter certeza que sobrevive nesse mundo cão com gente louca, que, porém sabem o verdadeiro valor da vida. da mo ç a bonita, *Rip: Chor ã o, que sempre embalou a minha vida e meus textos aqui na minha casa, vagabundo de skate n ã o tem pra ningu é m, vai na paz malandro <3 

{nó de gravata, nó de amor}

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- ele me puxou para o fundo do escritório, ficamos ali nos fitando, ele botando defeito no meu novo corte de cabelo e nos meus batons vermelhos e eu elogiando ele por finalmente ele usar gravatas coloridas, ele anda enfeitiçando as moças daqui – e eu ando tendo um sentimento de gente que ama, ciúmes – não é qualquer ciúme – o meu ciúme é poético, é literário... As pessoas passam por nós, conversam alto, fitavam nossa conversa, e nós dois parados,um fitando o outro, até que me aproximo, toco na sua gravata verde pistache e dou um sorriso, ele sorri, chego mais perto com os olhos vivos e digo: -  veja só você doutô, eu que não sou dada a esses sentimentos humanos, ando tendo ciúmes desses seus par de olhos. da mo ç a bonita, 

{ das delicadezas sentimentais}

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Eu vestia um vestido de festa – ele vestia terno preto, todos a vontade, eu segurava meu coração nas mãos, passava entre as pessoas pingando o sangue das minhas veias, os olhos mais negros que a noite – marcados, a boca vermelha e minhas já cansadas de segurar meu coração,e eu o procurava no meio de tantos homens de terno- e no balcão segurando o copo estava ele, sorrindo, sendo gentil olhando seu relógio, me procurando... Eu boto meu coração no lugar – limpo as mãos na toalha da mesa e sigo em frente, ao fundo canta lindamente Maysa, falo oi e ele brilha os olhos e me abraça com ternura e ficamos ali nos olhando, nos trocando delicadezas.... da mo ç a bonita,