{das dores reais}
- não tem diferença, é o que berro para o doutô, não tem diferença, é o
que eu continuo berrando bêbada da vida, descabelada e cheia de certezas
passadas, o garçom me conduz para saída do evento, o doutô arruma sua gravata
prata, seu terno novo e volta a conversa com a moça do jornal, e eu fico ali desconfigurada, ultimamente
ele tem me feito isso, ele tem me dado o sentimento de duvida...
Meu irmão me espera no carro, vou firmando os meus pés descalços, decidi
abandonar o salto na hora em que berrava, carregava a bolsa, os sapatos e a
minha querida companheira, o copo singelo de tequila que mais balançava do que
sobrava no copo, abro a porta do carro jogo tudo no banco de traz, traço os
restos mortais da tequila e deixo meu irmão dizer algo sábio...
- desculpa, mas eu acho que essa história já deu o que tinha que dar,
quando é que você vai aprender que seus amores são mais dolorosos que suas
tatuagens?!
da moça bonita,
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