Baby!



I told you baby, baby

Isso é pra lavar a alma, a quem encantou meus olhos como o boto faz com as moças desavisadas dos sertões afora! A quem estraçalhou a parte mais bonita que carregava comigo, pra quem me fez de tapete, pra quem me deixou cega sabendo que ainda via o por do sol!

Porque me fez ver de um jeito distorcido das suas ações, porque sempre teve todas as cartas extras do baralho enquanto eu brincava de bafo com as que jogou em minha mão, nesse tempo baby mal sabia embaralhar as cartas, pois agora sei me mover sem deixar marcas, aprendi com o mestre!

Não que seja algo para se vangloriar, apenas aprendi a me porta diante de um grande covarde como você! Às vezes quando fechava meus olhos era pra enxergar algo de bom, pra ver da alma o seu lado bom...

Você me teve em uma época que não usava diários corretamente, quando tinha pavor das minhas facetas de mulher, quando tinha temor do poder do meu tom de voz e do meu andar!

Mas baby, eu não sou como antes, apenas não caibo nas suas mãos, não conseguirá me manusear como molho de chaves, pois não caibo mais em suas ardilosas mãos!

Realmente você me encantou!

Hoje eu estou desencantada, sabe baby, a vista daqui é linda!

E lhe disse baby, lhe disse que não seria mais uma carta no seu baralho, que não seria mais aquela garota medrosa que você prendeu no seu conto de terror, hei baby sou muito mais que seus olhos podem ver, que sua mão pode tocar que seu coração pode ferir! 

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