São as releituras!
Ele buzinou, desci as
escadas da casa dos meus pais, beijei o Ray Ray, e falei um tchau corrido como
fazia quando vivia por aqui! Vestido de flores, casaquinho cintinho, era uma
roupa para um encontro do desencontro!
Abri a porta, sentei,
puxei o sinto, e dei um sorriso como forma simples de dizer oiê, ele disse que
hoje a aula da pós era chata e que a noiva dele era mais ainda, eu disse que a
minha aula era importante que teria exercício valendo nota, mas a chance de ser
feliz mandava dentro de mim bem mais que a responsabilidade!
Ele disse que me
levaria a um lugar mágico, que seria uma ida a infância, com gosto de vida
adulta! Ele colocou uma venda nos meus olhos, o que dificultou eu sair do
carro, ele abriu a porta segurou no meu braço e não deu detalhes, só ouvia ao
fundo risadas...
Entramos, ele foi me
localizando com a voz, sentei, ele tirou a venda, até aquela sensação sumir dos
meus olhos me deixou irritada, quando aquela areinha saiu vi a lona colorida,
ele segurando algodão doce e rindo feito criança, estávamos no circo!
Enquanto o palhaço
não se segurava na bicicleta , ele ria feito menino e me oferecia aquele
algodão doce, entre palhaçadas e risos eu fui entrando no clima, o mágico
chegou fez a flor aparecer atrás da orelha da simpática assistente, fez o pombo
voar, vez a varinha sair do chapéu ...
O espetáculo termina,
e a roda nos espera, eu disse que não, ele soprou em meus ouvidos, não temas,
eu seguro firme a sua mão donzela, acabei rindo e topando a oferta, com certa
dificuldade a roda ficou parada lá pertinho do céu, aquele vento nos uniu ...
E da união veio o
beijo, e o beijo fez a roda de mim girar sem pressa, girar e girar!