O moço da bagunça feita





Você se espalha em mim, é incrível isso aí que você faz! Violão todo fudido, cordas praticamente berrando para serem trocadas, nada organizado, tudo virado do avesso do avesso, você procurando a camisa que ganhou no natal do seu pai enquanto me convida para sentar...
Nada mudou, ou eu que tava em falta com suas conversas, às vezes acho que você é fruto da minha vasta imaginação de escritora solitária e ‘bêbada’, mas não é, pois seus olhos brincam com os meus e sua voz firme me nutre de uma boa realidade ;)
Dias desses, contei que amava ouvir Vinny , ele nem riu, lembrou, guardo, faz tanto tempo que ninguém guarda o que sou, faz tanto tempo que não me lembram... E com notas tímidas ele começa ...
- lembro de você entra no meu carro, no meu quarto, aonde quer que eu vá, até te vi pela televisão, lembro de você aqui de noite acordada para me ver dormi segurando minha mão pedi mais um trago acende um cigarro fica um pouco mais, meu relógio tá louco espera mais um pouco tanto faz, me lembro de você dizer que a vida é curta para se arrepender.... só você que sabe o jeito de fazer sorri, parece até que eu inventei você!(Vinny, te encontrar de novo)  

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