Que teima em existir.
- não me venha com
essa desculpa clássica, que nós dois avançamos demais, que era melhor sermos
amigos, sinceramente amigos não trepam na esquina de casa, não gozam na boca do
outro, não dá tapas que impedem o outro de sentar no dia seguinte.
- você disse tantas
coisas, e eu apenas sorri e pedi mais uma dose daquela porcaria que o garçom
chamava de classe A, eu sei, nunca devemos repetir filmes de quinta categoria,
é que às vezes acordo com essa sensação de baixeza, de pobreza sentimental e
moral e volto a bater na sua porta, uma hora isso deixará de fazer sentido.
Na verdade eu não
bato na sua porta, eu to é me culpando, me sabotando, me esbofeteando, me
cortando dia e noite pensando que assim as feridas internas deixem as externas
doerem mais, não é só de você que sinto repulsa, sinto isso de todos que diziam
ter afeto por mim, a verdade é que todos vocês me tiraram a capacidade de
confiar em pessoas que poderiam nesse exato momento me encher de coisas boas.
É isso.
da moça bonita.
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