{ das novas rotas, perfumes, pessoas e essências}
- eu olho pra
mim agora de cabelos negros, curtos e bagunçados como um novo começo, hoje
enquanto o cabeleireiro cortava os cabelos já longos, me dava o direito de um
novo caminhar, de mudar a caminhada ao levantar, de não entrar mais no mesmo
mercado, no mesmo boteco, na mesma padaria.
Não é pra sempre
– mas estou necessitada do novo, novos perfumes, de pessoas sem vícios, pessoas
que não me conhecem como a palma da mão falhada, preciso conhecer gente que não
me conheça a ponto de me deixar no canto da sala, com copo na mão fermentando
desejos carnais.
Após o corte
curto, a tintura negra da cor do cavalo da Sara , sorri pra mim no espelho
clandestino, e me disse: - Capitu, que tudo nos seja novo.
Da moça bonita.
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