[ um de nós]
Eu ando cuidando de quem nem
cuidou de mim quando me derrubou da bicicleta ando cuidando de gente que nem
ligou pra saber se eu tinha sarado da catapora, do sarampo, da conjuntivite, to
cuidando de quem nem bom dia me dá quando tromba na esquina de casa.
Ando solitária, ando precisando
de gente pra me sentir gente.
Aquele rapaz acabou com meu
emocional, ele simplesmente destroçou tudo que havia de confiança em mim, ele
destroçou eu! E o que me resta é chorar, compulsivamente com garrafa de vodka
tequila ao lado, e quem sabe um resto de dignidade que ficou das outras prosas.
Não está sendo fácil,
simplesmente não está sendo gostoso me dizer tais coisas, ando só e tenho
ficado desesperada por carinho, tenho síndrome de filha única sem ser, tenho síndrome
de menina carente, e essa carência eu a tenho e falo com propriedade, do que
adianta camas, bocas, peles se me destrocei por inteiro?!
Estou doente, é isso que tenho a
dizer hoje, agora pra mim!
E quem sabe um dia qualquer me
cure e entenda de peito aberto que em mim as pessoas não vivem por muito tempo
e que isso é coisa muito dura de saber, mas é bem melhor do que viver de
doenças graves de solidão.
Capitu.
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