[o marinheiro só]




- chego cansada, com o dia nascendo, com glitter no rosto, com o lápis borrado e sem vestígios de batom, mas chego feliz, com folego de descer mais algumas ladeiras, de cair na cachoeira, de fazer qualquer coisa, chego. e chegar já é um começo, hoje pela manhã esbarrando pelos foliões, procurando vaga pra comer, procurando acento pra esmiúça meu pão de queijo avisto um marinheiro com sua roupa faltando elementos... ele caçava acento, e eu caçava a felicidade carnavalesca..
 e ao lado do marinheiro descobri que mesmo no carnaval a gente tende a querer amar pra sempre, a gente tende a querer migrar-se no outro, a estender colchão, cômoda, estante, geladeira, a gente tende a criar romance de carnaval que se supera na quarta-de-cinzas, deve ser por isso é cinza.
Capitu.

#4DiadeFolia

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