Nós dois e nossa sem-vergonhice!



- senta aí, não se acanhe ei garçom, duas doses da sua melhor branquinha! Ele me olha com cara de opa o que essa garota terrível está aprontando pra gente dessa vez...
pernas próximas, aponto de eu ousar a cruzar as minhas com as dele nem me importando com a tiazinha sem graça da mesa a frente que não tira os olhos de dois apaixonados, que vale lembrar, com um urgência gritante pra se devorar!
o cara meio lerdo traz o pedido, seguro meu copo e ele o dele, sutil ao extremo ele diz, - brindaremos a sua calcinha pequena pode ser? Eu mais sutil ainda digo, - que calcinha, hoje eu vim sem!
levantamos o copo até a altura dos lábios brindamos, bebemos, passo a língua nos lábios esperando uma atitude quente dele, e vem a atitude, um abraço quente, mas quente que o rio no verão e sopra no meu ouvido...
- vem cá se importa se eu pular a parte do é um prazer te reencontrar e te levar na esquina para conferir a sua não calcinha?
e ainda me dizem que não ter residência sentimental fixa é chata, ah vá!
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escritora  

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