{das emoções}




- eu deveria ter ligado pra você, foi o que me disse o mineiro que encontrei pelas ruas da Lapa, acabei rindo e o taxista coitado não entendo o riso!
- acalme-se disse eu, a gente se encontra ou aqui ou quem sabe em alguma Rua de Minas
- você definitivamente rouba os corações, confessou ele todo tristonho ao telefone, e antes que retrucasse ele já tinha botado fim nessa conversa. Eu parei de rir e ouvi calada a musica que o taxista ouvia.
da moça bonita, 

Comentários

Nati Pereira disse…
Tem que devolver os corações para as pessoas não ficarem tristonhas pra sempre. Beijos
21 de janeiro de 2013 às 02:41
Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

[foliando por amor]

Imagem
o bloco cantando, pulando, espalhando serpentina, confetes, homens vestindo fantasias de heróis, meninas vestindo liberdade e eu aqui mordiscando sua bunda esquerda, e eu aqui mordiscando sua virilha carnuda, e eu aqui carnavalizando você. Capitu. #2DiadeFolia 
Leia mais

[ mastigar ]

Imagem
  Tem pedaços seus em mim, como aquelas tortas de chocolate em que as pessoas insistem em colocar nozes e, mesmo esmagando, ainda conseguimos sentir e morder — aquelas mordidas que doem até a carne do dente. Não é fácil, e muito menos tranquilo, deixar de amar alguém. É um tempo interminável que, para quem está de fora, parece durar dias — talvez algumas semanas — ou, dependendo do grau de afeto que essa pessoa tenha por quem sofre, apenas um tempo. Esse sentir — mastigar — dói. É aquele esforço a mais que pedem no trabalho e que, por mais gás que se tenha, não se consegue dar conta de concluir. É um amar amargo, passado, que não há como engolir. A dor de garganta chegou — claro, no momento mais apropriado: justamente quando preciso fazer as malas emocionais e desaparecer da sua vida. Não tenho semanas, como qualquer pessoa normal teria. Tenho segundos. Preciso evacuar a tua presença de mim — ou seria o contrário? Como se tira alguém que, de fato, nunca entrou, mas deixa a sensação...
Leia mais

[ destroços ]

Imagem
Estou me juntando - é dessa forma mesmo que pensou, catando os pedaços, dando corpo para o que restou - para o que não ficou estilhaçado no reflexo do espelho, taquei tantas verdades nele que não teve meio de suportar tanto passado.  Em meio aos cacos, rimos - para disfarçar o gosto de sal que as lágrimas deixaram, para ser superior até nesse destempero, sim, não quero dar o braço a torcer, chega de dor em mim, basta de ter meu corpo como instrumento de correção. Fui boazinha desde o útero - não chutava, não dava trabalho, saí dele, nem mamei no peito, não chorava, me deixava em um lugar e lá ficava - nunca dei preocupação, sempre fui contida. Cresci com peso, e não é do corpo que estou me referindo. E, mesmo espatifado no chão, o espelho me retrucou: - Se serve de incentivo, o chão não é o fim. Capitu. 
Leia mais